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► Entrevistas JAQUES SHERIQUE - Presidente da Sobes chama atenção para uma nova leitura sobre o papel do engenheiro de Segurança do Trabalho

JAQUES SHERIQUE - Presidente da Sobes
Com mais de 40 anos de experiência na área prevencionista, Jaques Sherique, 69 anos, tomou posse da presidência da Sobes (Sociedade Brasileira de Engenharia de Segurança), gestão 2019-2020, no dia 3 de janeiro. Entre seus desafios à frente da entidade, estão buscar a valorização da profissão e dos profissionais, a qualificação da formação e a ampliação dos postos de trabalho para a categoria.

Nascido e cidadão do Rio de Janeiro/RJ, Sherique conheceu a Engenharia de Segurança do Trabalho quando trabalhava como engenheiro mecânico e era presidente da CIPA da indústria de plásticos Flex-A Carioca, quando foi selecionado para fazer a especialização visando ao cumprimento da Portarianº 3.237/1972, que regulamenta o SESMT. A outra empresa onde atuou foi a Companhia Vale do Rio Doce, mineradora estatal privatizada em 1997 e que adotou a marca Vale em 2007. Na CVRD, ficou por 20 anos como gerente de Segurança, coordenando os SESMTs das unidades de todo o Brasil até o ano 2000, quando passou a atuar como consultor e assistente técnico em SST.

Seu vasto currículo também registra, entre outros, diretor do DSST (Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho) do Ministério do Trabalho, vice-presidente do Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia), vice-presidente do Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia ) do RJ, presidente da Sobes-Rio e da ABPA (Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes). Autor de vários livros na área prevencionista, também já atuou como perito judicial. Atualmente, é sócio-diretor da Sherique Consultoria, empresa que, entre seus importantes trabalhos, foi responsável pelo Programa de Prevenção dos 70 mil Voluntários das Olimpíadas no RJ. E é coordenador da CEEST (Câmara de Engenharia de Segurança do Trabalho) do Crea/RJ.

Por que o senhor se voltou à área prevencionista?
A Flex-A Carioca, a maior transformadora de plástico do Rio de Janeiro na época, tinha uma direção multinacional e me repassava informações que recebia de fora e que passei a implantar para a prevenção de acidentes em máquinas injetoras da empresa, então equipamentos extremamente perigosos. Tudo o que hoje se fala de NR 12 eu já tinha estímulo para fazer lá nos anos 1970. Com isso, fui ganhando conhecimento e, em determinado momento, a Vale do Rio Doce me chamou, inicialmente para gerenciar a construção de uma nova fábrica no RJ, o que fiz durante seis anos, quando também tive a oportunidade de fazer várias viagens internacionais de intercâmbio com as associadas no exterior ou para treinamentos pela empresa. Fiz curso de prevenção e combate a incêndio na Universidade do Texas, fiz vários treinamentos no National Safety Council, de Chicago (estado de Illinois, nos Estados Unidos), fui associado da American Society of Safety Engineers, com sede na Virgínia. E aí me chamaram para ser o gerente geral de Segurança e Saúde na unidade do Centro do Rio de Janeiro, onde também passei a fazer parte do comitê de prevenção de incêndio do prédio da empresa reconstruído após incêndio em 1981, que, depois, foi considerado um dos mais seguros do RJ. Posteriormente, fui convidado para ser o gerente de segurança da Vale do Rio Doce, onde fiquei por 20 anos, coordenando todas as empresas controladas, coligadas e todos os SESMTs de todas as unidades no Brasil inteiro.

FOTO: Gabriel Rosa Quintes/CREA

Entrevista à jornalista Martina Wartchow

Confira a entrevista completa na edição de abril da Revista Proteção.

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